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Antônio Xerxenesky
Autor:
Alba De Evan, Javier Domínguez
Publisher:
Editora Antela
Resenhista:
Antônio Xerxenesky

Quando falamos de uma tirinha de quadrinhos protagonizada por um gato preguiçoso e guloso, mas ao mesmo tempo cheio de personalidade, o nome que surge em todas as mentes é a de Garfield, o felino laranja que transcende gerações. Miquits, de Evan, Domínguez e Cheshire, é um cómic que parece estar muito ciente desta referência, e busca dialogar com ela, assim como a de outro lugar comum – a de que bruxas, no imaginário coletivo, todas possuem um animal de companhia, em geral, como reza o clichê, um gato preto.

                Assim, há algo de metamoderno em Miquits, isto é, desde a primeira tirinha deste livro, supõe-se que o leitor é familiarizado com essas referências culturais tão presentes no ocidente. O livro é composto de dez capítulos que, apesar de precisarem ser lidos em ordem para entender algumas coisas (“como Miquits se tornou amigo de um rato gigante?”, por exemplo), tem certa independência, podendo ser lidos quase fora de ordem, como as tirinhas de jornal.

                A primeira história é exemplar no sentido de diálogo com referências bem estabelecidas: Miquits acorda de uma soneca e nota que está com fome. Vai até onde está sua dona, a jovem bruxa. Ela mexe em um caldeirão assustador. Todos os lugares-comuns estão bem posicionados. A quebra de expectativa se dá justamente quando a normalidade se apresenta: em vez da bruxa oferecer uma refeição de dentro de seu caldeirão, pega uma ração do saco e serve no pote para o gatinho. O humor da sequência – que dura apenas duas páginas e serve para apresentar os protagonistas – se dá justamente porque todo leitor já espera algo da história de uma bruxa e de um gato sonolento e faminto. O ordinário se torna surpresa.

                Em 56 páginas, não há tempo para os autores desenvolverem um arco narrativo maior, preocupados que estão com estabelecer personagens e motivos. Assim, conhecemos o rato, de início um antagonista natural do gato na ficção infantil (vide Tom & Jerry), que vira amigo de Miquits após acidentalmente crescer monstruosamente caindo no caldeirão da bruxa. E também os verdadeiros vilões: um grupo de anões que planejam atacar a casa da bruxa.

                Apesar de lidar com uma infinidade de referências disseminadas, o humor funciona também com crianças menores, que se divertem com as reviravoltas inesperadas e a velocidade dos quadrinhos. Assim, Miquits se mostra um bom quadrinho acessível, que funcionaria em outros territórios além do espanhol.

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