Leitor: Rodrigo Petronio
Sinopse
Chester, o urso extraterrestre, veio parar em meu jardim em uma tarde. Ele chegou em uma nave espacial. Veio de muito longe, percorrendo a galáxia inteira. Viajou entre estrelas, asteroides e planetas do sistema solar. Para enfim chegar aqui, em meu jardim.
Nós nos tornamos amigos. Agradeço-o por eu ter aprendido tudo o que é necessário saber sobre ursos extraterrestres.
Os ursos espaciais não arranham as costas nos troncos das árvores como os ursos da Terra, mas Chester gosta muito que arranhem sua barriga
Ursos extraterrestres como Chester não gostam de mel. Eles gostam de roer ossos.
Os ursos de outros planetas não perdem tempo dormindo ao longo de todo inverno em sua caverna. Eles preferem passar o dia correndo e cavando buracos para esconder objetos debaixo da terra.
Um dia, Chester acabou destruiu com os dentes um dos chinelos de minha mãe.
Os ursos espaciais não usam suas garras quando ficam com raiva. Nunca vi Chester usar suas garras contra ninguém. Mas eu o vi abanar o rabo uma vez, quando estava feliz. Talvez isso seja uma espécie de comunicação interestelar.
Os ursos extraterrestres também não rosnam ferozmente. Eles fazem: woof, woof, woof.
Às vezes Chester emite esse barulho à noite, levanta a cabeça e olha para a lua. Talvez essa seja uma maneira de se comunicar com os amigos que ele precisou deixar em seu planeta distante.
Os ursos extraterrestres passam o dia cheirando as coisas, aqui e ali. Chester adora cheirar tudo. Exceto os pés do meu irmão mais velho. Talvez seja melhor não dizer o porquê.
Chester é meu melhor amigo. Às vezes eu gostaria que ele tivesse os mesmos hábitos dos ursos terrestres. Mas é claro... se fosse assim, não seria um urso alienígena.
Chester é um urso muito especial. Chester é um urso extraterrestre. Ou talvez não. Às vezes, os hábitos de outras pessoas nos surpreendem. Mas isso não significa que não possamos ser amigos, os melhores amigos.
Avaliação
Livro extremamente bem construído, com uma estória singela, sutil e bem estruturada. Ao longo na narrativa, somos induzidos a entrar no espaço imaginário do menino e a acreditar que um urso extraterrestre chegou ao seu quintal e virou seu amigo. Mas, ao final da narrativa, uma ambiguidade paira no ar. O narrador em primeira pessoa sugere que o urso extraterrestre não é nada
mais do que um amigo estranho, diferente dos demais, humanos ou animais. As ilustrações ajudam a construir esse sentido subliminar da narrativa, pois atribuem cores e formas semelhantes às do urso a outros seres, animais e humanos, que aparecem por onde o menino passa.
Autora
Raquel Garrido nasceu em Zaragoza. Atualmente é professora da Escuela Superior de Design de Aragão e um dos membros da Apila Ediciones. Antes disso, procurou emoção estudando Arqueologia e inspiração estudando História da Arte. Mas emoção, inspiração e risco estavam ocultos na aventura editorial. Possui várias publicações em literatura infantil ilustrada.
Ilustrador
Roger Olmos nasceu em Barcelona em 1975. Começou a trabalhar como aprendiz no Institut Dexeus como ilustrador científico. Quatro anos depois, ingressou na escola de artes e ofícios Llotja Avinyó, em Barcelona, onde se especializou em ilustração infantil. Em 1999, seu trabalho foi selecionado na feira internacional do livro infantil em Bolonha, onde conheceu sua primeira editora. Desde então, publicou dezenas de títulos nacional e internacionalmente. Também trabalhou em publicidade, televisão e revistas. Atua como professor em oficinas e ministra palestras para futuros ilustradores.
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