Toda quinta-feira três amigos se reúnem em um bar. Um é diretor de cinema e parece confundir constantemente o limite que separa o real do imaginário. Outro é romancista, aspira à máxima liberdade possível para escrever e para viver e tem tantas caligrafias quanto amigas. O terceiro trabalha em um ministério e sente que não sabe quase nada da sua esposa nem do seu filho. Para esses personagens, nomear as coisas é a maneira de se apropriar de uma realidade escorregadia sobre a qual articulam certezas, dilemas e absurdos esclarecedores, e a contradição - com eles mesmos e com o mundo - é uma forma de vida. Mas os nomes das coisas, que aparentemente são o que temos de mais estável, acabam sendo arbitrários e insuficientes assim que começam a ser questionados.