“Temos a vida impressa em nossa testa? Desde o início? No meu caso, é fácil descobrir; vamos até a Sagrada Família e descobrir. [...] Para onde devo ir? Na fachada do Nascimento, é claro, onde mais? Olhe para a porta esquerda, e lá em cima eles encontraram as figuras da fuga para o Egito. Está vendo aquele bebê nos braços da Virgem? Bem, esse sou eu”. É assim que Bordegás, filho de pai desconhecido, explica sua relação com a Sagrada Família. Desde quando eles eram donos e resolviam tudo com pedras entre as gangues rivais. Algumas décadas depois, a igreja terá chegado ao topo e eles serão adultos; trocarão as brigas dos malandros pelos fuzis da Guerra Civil.