Benito Pérez Galdós foi um homem de muitos amores que, no entanto, sempre renunciou à convivência conjugal e ao compromisso. Ele se enclausurou para escrever como um escravo de galera e criou personagens nos quais deixou vestígios de sua própria biografia. Em suas memórias, ele insiste que não há nada de notável antes de 1864, mas quem conhece sua vida fala de um primeiro amor com María Josefa Washington Galdós Tate, que marcou para sempre a sua vida. Este romance detalha a história de amor da ficção e conta até que ponto essa ferida pode ter sido a ferida que transformou Galdós em um escritor que viveu para sempre trancado com seus próprios personagens, “imerso”, como ele mesmo diz, “na tarefa de simular personagens e eventos”. Em 2020 foi comemorado o centenário da morte de Pérez Galdós. Muito será escrito sobre seu trabalho e sua vida, mas poucos contarão esse amor impossível.