A autora de Dar sombra nos oferece essa crônica fragmentária, composta de episódios de sua vida cotidiana, ideias, lembranças, perguntas e sonhos, que são o testemunho vital de uma mulher que ama e sofre ao tentar dar à luz um sonho: o de ser mãe. A reprodução assistida não consegue gerar o batimento cardíaco desejado, frustra-a com sua luz artificial, invade os cantos da vida cotidiana com ilusões adiadas. Quatro anos de incerteza e dor serviram, no entanto, como uma força de inspiração criativa para criar esse registro emocional sem artifícios.